Tartaruga marinha resgatada, em São José de Ribamar.
Na manhã desta quarta-feira (16), uma tartaruga marinha foi encontrada debilitada na Praia do Araçagy, em São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís. O animal aparentava estar morto, mas foi constatado que estava apenas enfraquecido.
Um vídeo registrado por banhistas da praia mostra o momento que o animal foi encontrado. Após o resgate, a tartaruga foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), onde passará por avaliação veterinária. As causas do encalhe ainda são desconhecidas.
Aumento de aparições
Casos como esse têm se tornado cada vez mais frequentes no litoral maranhense. Em outubro de 2024, uma tartaruga marinha foi resgatada na praia da Ponta d’Areia, em São Luís, após ficar presa em uma rede de pesca. O animal foi devolvido ao mar por um policial militar.
As espécies de tartarugas mais comuns na região são a verde (Chelonia mydas) e a oliva (Lepidochelys olivacea). Ambas estão ameaçadas e enfrentam riscos constantes devido à pesca ilegal, à poluição e ao descarte inadequado de lixo nas praias.
Pesquisas na Ufma revelam cenário preocupante
Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o projeto de pesquisa “Queamar”, coordenado pelo Departamento de Oceanografia, tem monitorado a situação desses animais. Em 2024, quatro tartarugas marinhas foram resgatadas na costa maranhense, mas infelizmente nenhuma sobreviveu.
“Elas usam o litoral do Maranhão para alimentação. A verde desova em ilhas oceânicas, e a oliva desova no litoral, na costa. Aqui no Maranhão, a desova que a gente encontra é da tartaruga-de-pente”, explica Larissa Barreto, professora da UFMA e coordenadora do projeto.