
Bolsonaro afirmou que é pre-candidato do PL à Presidência em 2026
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, neste sábado (21), que é, até o momento, o candidato do Partido Liberal à Presidência da República nas eleições de 2026. A afirmação foi feita em Brasília, em frente ao hospital DF Star, onde Bolsonaro realizou exames médicos após sentir mal-estar que o levou a cancelar compromissos em Anápolis (GO) na sexta-feira (20).
Bolsonaro revelou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sugeriu que ele foque na construção de uma “bancada forte” no Senado. Sobre os eventos de 8 de janeiro, o ex-presidente negou qualquer tentativa de golpe, destacando que estava nos Estados Unidos na ocasião e que não há mensagens ou evidências que o incriminem. “Não tem minuta, não tem nada pela frente”, afirmou.
Alternativas
Questionado por jornalistas sobre quem apoiaria caso não possa concorrer — o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL) —, ele sugeriu consultar Michelle, afirmando que “ela será a primeira a dizer que será ela”.
Sobre a “Abin paralela”
Bolsonaro também respondeu às acusações de envolvimento com uma suposta “Abin paralela”. Ele negou qualquer interesse em monitorar pessoas, afirmando que “quem usou o equipamento deve ser responsabilizado”. Segundo o ex-presidente, as alegações seriam “mais uma narrativa” para prejudicar sua participação nas eleições de 2026. Ele classificou uma eventual exclusão de sua candidatura como “uma negação à democracia” e criticou o que chamou de “ativismo judicial”.
Estado de saúde
O cirurgião Cláudio Birolini, responsável pelo acompanhamento médico de Bolsonaro, esteve em Brasília para monitorar os exames realizados, que incluíram análises de sangue, urina e tomografias de tórax e abdômen. O médico informou que Bolsonaro apresentou mal-estar na última semana, possivelmente devido a uma pneumonia viral. Apesar disso, o quadro pós-operatório do ex-presidente está estável, e ele continuará com o uso de antibióticos.
Birolini destacou que Bolsonaro tem sofrido com episódios de soluços desde a cirurgia decorrente da facada sofrida em 2018, o que motivou o cancelamento de agendas na sexta-feira (20). O médico recomendou que Bolsonaro ajuste sua alimentação e reduza o ritmo intenso de compromissos para facilitar a recuperação. Apesar das orientações, o ex-presidente afirmou que manterá sua agenda de viagens na próxima semana, atribuindo os soluços às sequelas do atentado de 2018.